Foi promovido pelo IAB RS palestra sobre o projeto de revitalização urbana e econômica do 4º Distrito, tratado como uma Operação Urbana Consorciada, instrumento urbano previsto pelo Estatuto da cidade.
A proposta estabelece estratégias de atuação, tanto na escala regional – programas econômicos e sociais nas áreas da saúde, tecnologia da informação, economia criativa e educação – quanto na escala municipal – projetos de moradia, serviços, cultura e lazer.
Destaca-se o cenário de diálogo e reflexão que o projeto está estabelecendo com os diversos interlocutores da cidade – iniciativa privada, associações de bairro, universidades, entidades públicas e institucionais, entre outros.
Só é possível a viabilização financeira da proposta através de parcerias público-privadas. Nas pretendidas parcerias será massiva a presença do capital imobiliário. Assim, neste contexto, será possível:
– a compatibilização equilibrada entre o patrimônio cultural – material e imaterial – existente no território, e as áreas de renovação urbana?
– a manutenção da paisagem urbana, na escala da cidade, de quem chega pela ponte do Guaíba?
– a permanência do caráter deste lugar, dado pela ideia de um conjunto morfológico, preponderantemente horizontal, frente ao regime urbanístico das áreas de renovação urbana?
Estas preocupações me lembraram a área central do Rio de Janeiro. Passeando por lá, nas áreas abrangidas pelo Corredor Cultural, chama a atenção a vitalidade urbana existente num cenário arquitetônico do período colonial. Ali convivem renovação urbana e revitalização urbana, sem se abrir mão do caráter do lugar.
Espera-se que ocorra o mesmo no território do 4º Distrito.
Fonte: Maria Dalila Bohrer